Dia dos Pais – Dia da Honra Masculina

Ontem foi dia dos pais. Claro que um blog honrado não pode deixar passar despercebida essa data.

Não postei ontem porque estava bebendo cervejas geladas, assando carnes e relembrando grandes histórias de guerra com o meu pai velho, barbudo e careca.

Expressar sentimentos é um verdadeiro tabu pra mim e pro meu velho. Somos casca grossa e não falamos abertamente sobre o que sentimos um pelo outro, mas isso não se torna tão necessário pois nos comunicamos de outras formas.

Sei que ele me ama porque chegou a abrir mão de sua própria comida pra alimentar os filhos, fez horas extras intermináveis pra sustentar os filhos e sempre me ajudou quando eu adolescente imbecil estive em apuros, assim como ele sabe que o amo por buscá-lo no final de semana para bebermos, jogar futebol e pescar juntos, e quando peço seus conselhos honrados.

É uma troca de ações que comunica o que sentimos, sem precisar de clichês idiotas, beijos hipócritas, almoços constrangedores e frases instantâneas que muitos dão apenas no dia dos Pais.

Se eu não tivesse pai, teria virado um marginal imbecil.

Minha mãe é tradicional e pró-família, mas nunca seria capaz de me aplicar corretivos tão violentos quanto meu pai me aplicou, justamente por ser terna e falhar por amar demais. É por isso que muitas mães defendem seus filhos mesmo quando se tornam assassinos e bandidos: devido ao amor de mãe que por um lado as move a proteger suas proles mas por outro lhes tiram a autoridade e não permitem que elas apliquem o rigor extremo das punições.

Lembro de quão aterrorizado eu ficava quando meu pai fechava a cara e comunicava com um olhar quando eu estava agindo como um imbecil. Me sentia um verdadeiro bosta quando meu pai desaprovava minhas atitudes com seu olhar mandão.

Outras vezes a disciplina foi na base da porrada, me lembro quando arrebentei a porta do meu quarto de ódio por ter apanhado dele, quando tinha 15 anos. Passei o final de semana inteiro tentando colocar outra no lugar e trabalhando pro meu pai para pagá-la.

Ele me recompensava quando agia corretamente, dando presentes, abraços e largos sorrisos. Nada de palavras sentimentais porque meu pai assim como eu é durão demais pra isso. Mas as recompensas valiam a pena porque ele só dava quando merecido.

Querendo ou não, isso me ajudou a ser um homem honesto hoje. Tenho caráter, honra e moral. Sou valente e não tenho medo de imbecis corruptos e ladrões porque meu pai me ensinou a ter coragem e bater duro nesses idiotas. Honro meus compromissos e devo tudo isto à meu pai, assim como devo o fato de estar vivo aos cuidados de minha mãe. Ambos são essenciais.

O Tiago Onofre postou na comunidade Lado Obscuro das Mulheres um texto que merece ser divulgado por todos nós que reconhecemos a importância do papel dos pais na família. Parabéns ao autor e parabéns ao Tiago por buscar o texto. Segue trecho abaixo.

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“O papel do pai na família que se transforma”
Eugenio Pelizzari, Minas Novas, 19 agosto de 2006

Hoje nós estamos percebendo que a teorizada sociedade sem pai não é o paraíso sem violência e de paz que se esperava.

O aumento das separações e dos divórcios, a afirmação de uma cultura fortemente anti-paterna, o desenvolvimento de técnicas de engenharia genética que tendem a excluir o pai do processo reprodutivo estão favorecendo o surgimento de um pequeno exército de jovens que crescem com uma relação extremamente lábil com o pai e que, como dissemos antes, são introduzidos na vida social pelas mães ou por outras figuras femininas.

Mas mesmo a mãe mais atenta e cosciente da importância da complementariedade dos papéis dos pais na construção da identidade do filho, nada poderá fazer com relação à transmissão do patrimônio instintual, da cultura material e simbólica própria do sexo masculino, pelo simples motivo que ela não os possui.

Tal fato determina uma fragilização da identidade masculina que tem como efeito não apenas a produção de infelicidade, também para as mulheres, mas é que fonte de tremendas patologias sociais.

A ausência do pai é fonte de patologias e distúrbios sociais gravissimos. Infelizmente na Itália – e creio também no Brasil – faltam estatísticas que associem a ausência do pai à manifestação de fenômenos de desvios e degrado social.

Nos Estados Unidos onde , ao contrário, esse fenômeno vem sendo estudo há muitos anos e existe um termo especifico para representar a situação dos filhos separados dos pais: Fatherless, que significa “sem pai” .

Nos USA o problema se tornou explosivo. Já em 1995, o ex-presidente Bill Clinton, discursando na Universidade do Texas sobre a discriminação racial, no final do seu discurso afirmou: “O maior problema social na nossa sociedade poder ser considerado o aumento da ausência do pai das casas de seus filhos porque essa ausência tem consequências sobre muitos outros problemas sociais”.

Atualmente cerca de 50% das crianças americanas não vivem com o pai biológico.

Dados estatísticos oficiais nos dizem que as consequências desta separação são dramáticas:

· 63% dos jovens que se matam, se suicídam, vêm de famílias sem pai (U.S. D.H.H.S., Bureau of the Census);

· 90% de todos os meninos e meninas de rua (estamos falando dos Estados Unidos, não do Brasil) vêm de famílias sem pai;

· 85% de todas crianças com distúrbios do comportamento são originadas de famílias sem pai (Center for Diseases Control);

· 80% dos estupradores vêm de famílias sem pai (Criminal Justice and Behavior, Vol. 14, p. 403-26, 1978!!);

· 71% das crianças que abandonam a escola vêm de famílias sem pai (National Principals Association Report on the State of High Schools);

· 75% dos adolescentes atendidos nos Centros antidroga (chemical abuse centers) vem de casas sem pai (Rainbows for all God’s Children);

· 80% dos jovens non centros correcionais vem de casas sem pai (U.S. Dept. of Justice, Special Report, Sept. 1988);

· 85% dos jovens presos cresceu em casas sem pai (Fulton Co. jail population, Texas Dept. of Corrections 1992).

· 69% das crianças abusadas sexualmente vivem em casas onde o pai nao é presente.

http://www.maschiselvatici.it/iniziative/papel.htm

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Ao mesmo tempo que cumprimento os pais honrados que não cansam de suar sangue pra alimentar seus filhos e não deixá-los virarem marginais, envio um cordial soco no meio da cara dos pais bundões que abrem mão da criação dos seus filhos.

Infelizmente muitos pais idiotas fogem da responsabilidade, seja literalmente ou compactuando com abortos (assassinatos), não demonstrando honra de lutar pelo bem estar da criança e não fazendo questão de dar instrução à elas.

Sou pró-família e luto contra tudo que prejudique a formação de uma família tradicional e a criação estruturada dos filhos.

  • Luto contra a hipocrisia feminina de querer que os pais paguem até o último centavo possível de pensão alimentícia mas que fazem ditaduras imbecis impedindo que os pais tenham acesso aos próprios filhos para os instruirem;
  • Luto contra a hipocrisia feminista de ser a favor de crimes como aborto mas serem omissas no que diz respeito ao combate da sexualidade precoce das mulheres, confundindo liberdade com libertinagem e defendendo o sexo prematuro;
  • Luto contra o apedrejamento da figura paterna na sociedade e favorecimento injusto da mulher em casos de guarda judicial dos filhos e “demonização” da figura masculina como fonte de todo o mal, esquecendo das vitórias e méritos que os homens de moral e honra possuem;
  • Luto contra a falta de consideração que a sociedade têm com os pais, dando presentes, lotando restaurantes e correndo feito idiotas até as lojas pra comprar bugigangas e homenageá-los num dia, mas desconsiderando-os no restante do ano e fechando os olhos nos casos judiciais em que pais são brutalmente impedidos de verem seus próprios filhos, tendo que cumprir uma série de restrições impostas pelas mães;
  • Luto contra adolescentes imbecis e vermes revoltadinhos que desobedecem os pais afrontam a autoridade deles, moleques idiotas que usam drogas pra desafiar o pai e meninas imbecis que fogem de casa com o namoradinho cafajeste e dão o CU pra desafiar a autoridade restritiva do pai (se você é um desses vá imediatamente até seu pai e obedeça seus ensinamentos ABAIXANDO A CABEÇA ou lhe darei um tapa violento na sua orelha pra aprender a honrá-lo).

Em breve trarei mais dados e artigos pró-família.

Leiam também este outro relato imperdível e duramente real sobre o dias dos pais:

http://silviokoerich.blogspot.com/2008/08/dia-dos-pais.html

Confiram no vídeo abaixo O MELHOR PAI DO MUNDO

7 Respostas to “Dia dos Pais – Dia da Honra Masculina”

  1. angela Says:

    Interessante sua postagem. Penso que se fosse para criar filhos sem pai Deus teria feito as coisas de outro jeito,tipo amebas e bichos assim que se reproduzem por conta própria e assim mesmo as vezes tem que fazer de outro jeito para diversificar o material genetico e melhor a especie.Bonito seu amor pelo seu pai e que bom que pode ver o amor que ele tinha por você nos cuidados que ele dispensava a você.abraços

  2. Tiago Onofre Says:

    "É uma troca de ações que comunica o que sentimos, sem precisar de clichês idiotas, neijos hipócritas, almoços constrangedores e frases instantâneas que muitos dão apenas no dia dos pais"Essa frase resumui tudo que significa a demonstração de afeto humano, muito além de comportamentos romanticos superficiais e demonstrações de carinho involucras. Desde já agradeço a referência ao texto que postei na comunidade, esse mesmo texto enviei ao meu pai, junto com um relogio viril de pesca, me identifico muito com os exemplos de pai seu e do Silvio, hoje eu posso dizer que tenho a maior adimiração do mundo pelo meu pai, mesmo por ele ter sido muito ausente, mesmo pelas porradas, muitas vezes até injustas que ele me dava, mas por dedicar as tantas horas de sua vida, de sua saúde, pelo bem estar total da familia, meu pai é o meu maior exemplo de homem. Parabéns pelo post, um grande abraço.

  3. Delicada Says:

    Nada como ter a presença do pai, no nosso dia a dia. Meu pai é tudo pra mim, sempre o tive do meu lado, e mesmo sendo durão, ele sempre soube conquistar o respeito máximo meu e de meus irmãos. Ele é um exemplo de homem que foi criado em moldes rígidos, e passou isso para os filhos com muita responsabilidade.Hoje temos a desunião de casais, que proporciona indivíduos carentes da presença do pai. Podemos notar nos jovens de hoje, o reflexo dessa educação incompleta. Uma pena.

  4. Maringa Says:

    Texto muito bom. Eu tenho um pai realmente foda, que soube me educar assim como também soube educar meus irmãos, portanto posso afirmar que a presença de um pai criando e acompanhando faz total diferença no resultado do indivíduo. No carater, nos valores…Valeu por linkar meu blog por aqui caraabração

  5. ana.d.w Says:

    Muito boa a postagem. Faz a gente refletir sobre muitas coisas. Acho que a presença de um pai em uma familia é fundamental, como você destacou. Vejo isso todo dia aqui em casa, e tenho exemplo de pessoas que convivo diariamente que não tiveram a presença de pai durante a infancia e adolescencia, pessoas que não tiveram aquele 'Não' dado por um pai, e hoje sofrem muito com isso. Leio muitos livros sobre o assunto, é algo bem complicado ou melhor, bem simples de ser entendido, mas muitos dão um jeito de complicar. A ausencia de um BOM pai, pode fazer de um filho um marginal, um drogado, uma pessoa sem virtudes, sem sonhos, sem personalidade. O pai é a imagem que seguimos, no final, todos aqueles que tiveram um pai serão um pouco ou totalmente igual aos mesmos. Pra encerrar, Feliz dia dos pais pra todos os pais, e estou seguindo o blog. Abraço.

  6. Jeannie D. Says:

    Vc citou duas coisas com as quais concordo profundamente: aborto [a não ser caso de risco/estupro] é um assassinato e falta de vergonha na cara, e que a "produção independente" é de um egoísmo feminino absurdo!O mais importante, é que antes mesmo de olhar para as estatísticas, eu sempre procurei mostrar nas histórias que escrevo, o quanto a figura masculina é necessária…É um tema recorrente nos meus enredos, o personagem central é sempre órfão de pai!

  7. Mel Says:

    Perdi meu pai muito cedo e se não fosse pelo meu avô, que se encaixa em todas as características citadas acima, talvez eu não tivesse metade dos valores que tenho hoje. Aos 8 anos não conseguia entender o porquê de tanto rigor, broncas e algumas surras. Muitas vezes desejei, na minha cabeça de criança, que "aquele monstro" morresse. Mas graças aos céus eu cresci, entendi e tive tempo de, antes do meu avô partir, sentar ao lado dele e dizer meu MUITO OBRIGADA, sem mágoas, rancores, raiva. E hoje entendo que tudo teria sido diferente – provavelmente pra pior – se eu não tivesse tido meu avô perto de mim. Melhor ainda é relatar isso como uma lembrança boa, lição pra vida toda.

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